sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Posso?

Posso tocar devagar? Parece que não secou ainda, alguém precisa verificar. Eu me prontifico! Vou só por o dedo indicador aqui no céu ou no mar, se ficar azul é porque... Farei com cuidado para não estragar a pintura, pode deixar.

Posso tocar devagar? Daqui do lugar em que estou, chutar forte seria estupidez.

Posso tocar devagar? Cansei de ouvir batidas ‘incronometráveis’ e dedilhados que não respiram. O ritmo ficará mais suave, mas ainda causa uma dança. É fim de noite. SE quiser só ouvir, ouça; se quiser só escutar, escute. O violão vai falar.

Posso tocar devagar? Conhecemo-nos desde a infância, você sabe que pode confiar em mim. Prometo não forçar nada. Esse seu rosto me faz imaginar a beleza de todo o conjunto. Agora, aqui, o que via apenas através de sombras tomará formas mais definidas. Relaxe.

Posso tocar devagar? Porque se tocarmos essa história rápido, é capaz de não dar certo, é um assunto delicado, andei estudando-o ontem. Divórcios nem sempre são fáceis e ligeiros, embora comuns. Estou te ligando para marcarmos um almoço amanhã, vou lhe explicitar determinados aspectos, pode ser?

Posso tocar devagar? Eu sei que ele está dormindo, mas esse rostinho inocente é tão convidativo. Nunca havia parado para imaginar o dia que veria meu neto. Bebês, tão puros ainda, sem saber de todos os fatos mundanos.

Posso tocar devagar? Já não tenho mais idade para isso, tenho dificuldades.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Carta.

Elmo. Sr. Noel,
os filmes de natal começaram a encher os canais de televisão, lojas estão fazendo promoções que promovem filas, árvores estão sendo montadas e pisca-piscas estão sendo ligados às tomadas; acho que chegou a hora de escrever uma carta. Faz tempo que não escrevo uma, então estou meio sem jeito.

As coisas andam muito complicadas, ainda mais agora com essa crise toda. Depois de vinte e nove achei que eles não deixariam isso acontecer novamente, mas tudo bem, nenhum sistema é perfeito, ainda mais um que trabalha com créditos. Por isso eu venho por meio desta solicitar coisas simples.

Não se preocupe, já tenho uma bicicleta. Aliás, para que baixar o IPI dos carros e estimular sua venda? Carros e mais carros... As ruas estão cansadas de se sentirem cheias e congestionadas. Percebo isso. Sem contar com a poluição, assunto clichê, nem perderei tempo falando, e o abismo social que as caixas móveis ressaltam. Motoristas e passageiros vivem o primeiro mundo de seus automóveis, enquanto malabaristas urbanos, vendedores de balas e pedintes permanecem em um terceiro mundo paralelo, separados apenas por um pouco de aço, alumínio, ferro, plástico, vidro e borracha. Deviam estimular a venda de bicicletas.

As sete, de uma terça-feira, escutei no rádio um outro Elmo. estimulando o consumo. A justificativa era simples: “Vamos consumir, você realiza o seu sonho e gera empregos.” Bela frase, dependendo do referencial, pena que maioria desliga quando começa o horário do Brasil. As pessoas andam muito pouco engajadas. Longe de mim, tentar deixar subentendido que todos agora deveriam fazer passeatas, ler os direitos humanos ou escrever dezenas de cartas para o presidente ou coisas do tipo. Apenas quis dizer que deveriam procurar saber o que tem além de seus próprios círculos de área piR ao quadrado. As relações inter-pessoais e inter-culturais seriam bem mais interessantes.

Gostaria de não estar fazendo um monólogo e sim ouvindo a voz de leite com biscoito que imagino que o senhor possua. Então vou logo para os pedidos:

- Se aposente. As crianças estão esquecendo que o Natal não é só ganhar presentes e escrever cartinhas, que tem todo uma subjetividade nele. Quando o senhor não aparece é meio decepcionante, por isso se aposente. Prometo que continuarei contando histórias ao seu respeito. Tudo bem, não precisa se aposentar, apenas conte toda a verdade!

- Pare de dar somente brinquedos e coisas materiais. Leve um sorriso pro menino que fica ali na Rua Bela Vista, o malabarista urbano, ele tem talento; outro para o moço que fica sentado em frente ao colégio República do Peru, sempre tão entediado; e um abraço para a menininha ali da Tijuca, perto do Colégio Militar, ela é só um bebê. Se possível, lhes dê uma família.

- Meu último pedido. Quando for jogar esta carta fora, lembre-se: o lixo azul que é o de papel.


Beijos.
Ass: Yzadora, que por um momento voltou a ter 6 anos, só que dessa vez não pediu uma fita do Latino.

P.s.: Desculpe se fui piegas, culpa da época.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Corredor, fale!

Parei para observar a foto do blog e não só olhar. O livro, 'O caçador de pipas', eu acabei de ler. O celular acabou ficando enrolado na fronha e indo para a máquina de lavar, me forçando a trocá-lo. A calça jeans está rasgando. A blusa, o uniforme, só colocarei agora para passar o Riocard. Como as coisas são passageiras e memoráveis.

Se as paredes desse corredor falassem levariam horas, dias, semanas, meses, anos para contar cada passo, cada riso, cada lágrima, cada abraço, cada conversa, cada momento que presenciaram. Se as paredes desse corredor falassem iriam me fazer lembrar de 900 dias da minha vida com facilidade.

Os dias de chuva, os rostos apreensivos admiravam a rua sumindo e se confundindo com o rio Maracanã. As bocas dos rostos apreensivos soltavam frases de surpresa e risos de admiração. A lixeira que parecia firme estava flutuando como um barco de pesca. As árvores dançavam ao som do vento. Se as paredes desse corredor falassem iriam me fazer lembrar do meu rosto apreensivo nos dias de chuva.

Os passos apressados e os lentos, os que sumiam rapidamente e os que se arrastavam pelo chão sem pressa. Os acompanhantes, do primeiro ao décimo, do décimo ao primeiro. As mãos que tocaram firmes, que deslizaram. Os corpos que se encontravam encurralados sem reclamar. Das confusões, das certezas. Se as paredes desse corredor falassem iriam me fazer lembrar do meus passos, dos meus acompanhantes, das minhas mãos e do meu corpo as tocando.

As conversas descontraídas que vairavam as tardes e o silêncio que se extendia falando. As confissões que foram guardadas e as fofocas que não foram abafadas. O descontentamento contente e o contentamento descontente. As amizades que ali foram feitas, que ali foram desfeitas. Os esbarrões alegres, os sem graça, os inoportunos, os corriqueiros, os usuais e os extraordinários. Se as paredes desse corredor falassem iriam me fazer lembrar das pessoas com que ali tive, as que já se foram e as que permanecem.

A lágrima de solidão e de emoção.

Todos os momentos dos 900 dias seriam contados detalhadamente. Eu os lembraria, os ouviria, os repassaria e sentiria falta.

Se as paredes daquele corredor falassem eu as pediria silêncio.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Açúcar cristalizado.


Desde que me formei em turismo e tirei a carteira de guia, ando pelo Rio de Janeiro contando histórias e mais histórias sobre cada pedaço que se pode imaginar. Os turistas têm a terrível mania de achar que nós, guias de turismo, sabemos tudo. Geralmente as perguntas são simples e até dá para responder, mas sempre tem um indivíduo que quer saber o nome do sujeito que colocou o primeiro tijolo da Catedral Metropolitana, ou coisas do tipo.

De cativantes senhoras aposentadas que fazem amigo oculto às crianças que aguardam ansiosamente o final para cantar: “Ô motorista, meus parabéns, foi e voltou sem matar ninguém”. Mas nada me incomoda mais do que aqueles que crêem saber de tudo, até o nome de quem pôs o primeiro tijolo da Catedral Metropolitana.

Na maior parte das vezes saio viva depois de um dia com esse tipo de gente, mas naquela segunda-feira queria sair mais que apenas viva. Regra cinco dos guias de turismo: jamais dê informações falaciosas. Nunca gostei muito do número cinco mesmo.

Segunda-feira, 10h da manhã. Pão de Açúcar. Três rapazes cheios de si e eu.
“Bom dia, estamos aqui no Pão de Açúcar, que é um marco natural, histórico e turístico da cidade do Rio de Janeiro. Há várias versões históricas a respeito da origem do nome Pão de Açúcar. Segundo historiadores, foram os portugueses que deram esse nome, pois durante o apogeu do cultivo... pois durante o apogeu do cultivo...”

Era aquela minha chance, eles me olhavam com cara de superiores como se soubessem que foi no apogeu do cultivo da cana-de-açúcar. Óbvio que seria no da cana-de-açúcar, mas acho que queria provar para mim, que eles eram apenas arrogantes, e só.

“... pois durante o apogeu do cultivo da cana-de-açúcar, os senhores de engenho costumavam vir aqui para passar algumas horas com suas amantes. Por ser um local alto e de difícil acesso na época, era perfeito para se esconderem e admirarem a vista da Baía. Certo dia, o Senhor de Engenho, Pedro Colombo, subiu ao morro sozinho.”

Adorava ver a cara deles de que já sabiam sobre tudo aquilo que eu estava falando.

“Naquele dia, ele carregava consigo pães confeitados por sua mãe, a maior confeiteira do Rio de Janeiro, aliás, a Confeitaria Colombo pertenceu à família de Pedro. Assim que atingiu o local que sempre ia com suas amantes e seus amantes, sim, Pedro mantinha relações sexuais com amantes do mesmo sexo; ele se pôs a admirar a bela vista que estamos contemplando neste momento.”

Os três olharam para o horizonte com cara de paisagem.

“Havia uma lenda sobre uma Fênix, o pássaro que ressurge das cinzas, que aparecia todos os dias às seis horas da tarde, para expulsar todos que no morro estavam e o guardar por doze horas, pois o local a pertencia. Hoje, quando o sol alcança o seu zênite - ao meio dia - no Rio de Janeiro, aqueles que se dispõem a olhar para o Morro do Pão de Açúcar a partir da Marina da Glória, poderão ver projetada neste morro a imagem, em forma de sombra, da tal Fênix.”

A feição deles era ligeiramente intrigante, a vontade de rir era inevitável, mas a de continuar com a história era maior.

“Pedro esticou a toalha e começou a comer seus pães confeitados. Como naquela época, o uso do relógio não era muito comum, Pedro se esqueceu da hora enquanto admirava a vista e saboreava os pães com açúcar cristalizado. Quando deu seis horas, a Fênix apareceu raivosamente para Pedro. Muito inteligente e amigo dos animais, ele a ofereceu um dos maravilhosos bolinhos, o que fez com que a Fênix se tornasse sua amiga. Desde aquele dia, os senhores de Engenho poderiam virar as noites com suas amantes entre o morro e as estrelas. Pedro foi reconhecido como grande herói e o pão de açúcar cristalizado de sua mãe, se tornou grande atrativo na cidade.”

Três rostos impressionados.

“No começo, o morro foi chamado de pão de açúcar cristalizado, mas depois se tornou somente: Pão de açúcar. Que permanece até hoje. Bom, essa é a história da origem do nome deste ponto turístico. É apenas uma das versões, existem outras, mas eu conto em outra oportunidade.”

Quem precisa da regra cinco?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ruy Barbosa, o humilde.




Nada contra o Ruy Barbosa, até gosto dele.
Primeiro que ele tem até uma rua, quisera eu ter uma rua. Nasceu 1849 na rua dele, em Salvador. Tudo bem que na época não se chamava Rua Ruy Barbosa e sim Rua dos Capitães, mas isso não vem ao caso. Coitado dos Capitães, trocaram os capitães, que são vários, ou pelo menos mais de um, por um único indivíduo: Ruy Barbosa, o humilde.

Dizem por aí que aprendeu em quinze dias análise gramatical, a distinguir orações e a conjugar todos os verbos regulares. Grande coisa, não? Se me dessem quinze dias eu aprenderia o pacote Ruy Plus verbos irregulares.

Na última sexta-feira tive a oportunidade de fazer uma pequena visita à casa do Ruy. Nove horas de uma manhã chuvosa em um jardim ligeiramente imenso, maior que o meu quarteirão, tenho quase certeza. No canto esquerdo avisto uma casebre, será aquela a casa? Não, era apenas uma casa de quatro paredes com um chuveiro power no meio, para as crianças se refrescarem após um dia de brincadeira no playground particular.


Lado direito: um casarão salmão. Será essa a casa? Sim, meu palpite foi certeiro.
Dez horas de uma manhã nublada, lá estava eu, a quase humilde, adentrando à casa do Ruy, o próprio. Uma escada de madeira escura, cômodos, o banheiro. Naquela época os banheiro eram situados fora da casa ou com o uso daqueles sanitários móveis, mas Ruy exerceu sua humildade, era dono de um vaso sanitário fixo e com descarga!

Lembra da história do uso das velas? É verdade, mas Ruy tinha seus contatos, a LIGHT, e o exercício de uma de suas maiores qualidades entrava em vigor novamente. Enquanto pessoas traziam a luminosidade com fogo após o sumiço do sol, Ruy à trazia com um interruptor!

Quanta humildade!

As tardes de música formadas em seu piano de calda acompanhados por, nada mais nada menos, histórias de Machado de Assis contadas pelo próprio. Em sua biblioteca particular, livros em todas as línguas, menos na língua do "p". Se você não sabe a língua do "p" não fique triste, Ruy Barbosa também não sabia.

Lavar louça com água quente, chamar criados por um sistema revolucionário, hoje usado em hospitais para chamar enfermeiras, acender a luz modernamente, ter Machado de Assis na sala de casa, usufruir de um amplo jardim com chuveiro refrescante, ter um playground particular, entre outras regalias à apenas alguns quilômetros de sua casa.

Viva Ruy Barbosa, o humilde!

Ah, quase me esqueci, nasci muy perto da casa do Ruy, quanto prestígio!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Quem jura mente. E quem promete?

Domingo, 26 de Outubro.
Ao invés de ir ao Maracanã, os cariocas foram votar, tirando os 20,25 % que decidiram não exercer este direito. O que me surpreende é, que depois de tanta luta, 927.250 pessoas não reconhecem a importância que a votação tem. Não estou aqui para dizer quem deveria ser eleito e quem não deveria, embora não esconda meu descontentamento. O que me resta agora é torcer para que o novo prefeito seja realmente responsável e consiga levar o Rio de Janeiro para frente.

Segunda, 27 de Outubro.
Nem um pouco conformada. O jornal O GLOBO tem como capa o novo prefeito e a manchete: "Diferença de 55 mil votos dá a Paes o desafio de unir o Rio". Unir o Rio.
Paes dedicou a vitória a Cabral e Lula, se eu tivesse votado nele me sentiria mal, devia ter dedicado aos eleitores.
Passei a segunda me lamentando pelo o acontecido, procurando promessas e as anotando, para mais tarde poder cobrar. Cortei aquele quadrado de cor pastel que veio no globo, onde tinham 39 promessas do novo Prefeito, e pus na geladeira. Hoje de manhã não estava mais lá.

Terça, 28 de Outubro.
Não li o jornal, mas a notícia acabou chegando até a mim. A manchete: "Eleito, Paes descumpre promessa e abre governo a partidos aliados".

1ª: Falou que não iria fazer nomeações políticas, mas ontem fez uma reunião fazendo divisões de cargos;
2º: Anunciaria primeiro o secretário da saúde, mas anunciou o futuro chefe da casa civil;
3º: As primeiras UPAs seriam no Méier e em Madureira, mas as duas primeiras serão na zona oeste.

Promessas descumpridas, que, talvez, não façam tanta diferença. Quando comentei com minha mãe, ela apenas disse que ele estava vendo as prioridades. Se a prioridade é descumprir o que antes foi cumprido para a melhoria do município, que seja feito.

Três, apenas três com dois dias sendo chamado de ''o próximo prefeito do Rio''. Espero que quando ele começar a ser chamado de ''prefeito do Rio'' ele não resolva descumprir mais.

Vou procurar o quadrado de cor pastel e recolocá-lo na geladeira.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Bancos azuis.

Já estava acostumada em ser superficial, essa palavra soa um pouco forte, mas era exatamente assim que agia, só tendo o cuidado em deixar a superfície agradável para as circunstâncias. E por mais que não parecesse, eu começava a ficar incomodada em cultivar o vazio por dentro sem aparentar claras preocupações.

Enquanto seguia minha rotina, me sentei em um dos bancos azuis no bosque do parque e pude perceber que em cada um daqueles bancos eu guardava uma lembrança em particular.
Lembranças de risadas que me deixaram surdas e de lágrimas que me emudeceram, durante a minha juventude. Quando parei de encarar os bancos, minha cabeça pesou para trás, me obrigando a encarar os raios solares que rasgavam as copas das árvores, o que me deixou cega.

Fazia tempo que não voltava ao bairro que me viu crescer, muitas casas haviam mudado de cor, as ruas faziam mais barulho e as pessoas andavam com fones em seus ouvidos, não aproveitando o canto dos passarinhos, que hoje já quase não se dá para ouvir.
Foi exatamente ali, naquela praça de bancos azuis, que aprendi a andar, que apreciei fogos de artifício quando os anos viravam, foi naquele banco, do lado do pipoqueiro, que descobri pela primeira vez como era o toque de dois lábios, o parque me remetia lembranças de Laurinha.

Sinto saudades de Laurinha, menina de cabelos longos, ondulados e castanhos olhos mel, que mudavam de acordo com a luz, ou até mesmo com seu humor. Laurinha ria da vida, queria abraçar o mundo e conhecer pessoas diferentes.
De fato, Laurinha, com sua perseverança, conseguiu tudo o que queria, aparentemente. Hoje é uma renomada promotora, mora em um bairro de classe alta e tem sempre o carro do ano em mãos. Garota de sorte. Sinto saudades de Laurinha.

Lembro-me do jeito que andava pelas ruas, sempre muito simpática, no baile da escola, com aquele vestido azul com laço atrás, os sapatos brancos, muito brilhantes, as duas tranças que fazia aos domingos para ir à igreja com a avó, das histórias inventadas que contava para as crianças mais novas, dos seus ideais mais profundos.
Ser superficial me incomoda sempre quando lembro de Laurinha, ela era tão cheia de alegria em tudo que fazia.

A luz que atravessava as copas me conduzia por um passado, que eu jamais queria ter esquecido; pessoas que eu jamais pretendia perder o contato, umas que jurei amizade eterna, que hoje, não sei por onde estão, preciso arranjar um tempo para saber notícia de alguns e com certeza achar a Laurinha de novo.

Não queria ter deixado Laurinha para trás e ter me tornado Dra. Laura de Alencar em tempo integral. Gostava quando as vozes de amigos e familiares me chamavam de Laurinha.