quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Carta de um descrente.
sábado, 8 de agosto de 2009
Dois goles de palavrão e uma cerveja.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Eu disse não.
Chega! Não quero mais ficar nervosa enquanto os pássaros cantam olhando o sol do meio dia; isso me deixa triste, mas não posso deixar que o vento note. Você me segura com força querendo impedir que eu vá, mas suas mãos só me fazem sentir dor quando querem mostrar carinho. Não consigo mais pedir desculpas, já não me acho tão errada. O certo e o errado já não são tão antagônicos, costumava achar bonito ver os dois se tangenciando.
Agora estão todos conversando e só eu ainda sinto no corpo a fraqueza e dor, não, por favor, não me deixe acreditar mais uma vez que a culpa é toda minha. Só queria dividir tudo isso da forma mais egoísta possível. Será que você não percebe? Somos um formando dois, e só conseguimos sentir cheiro de flor. Me deixe ir enquanto o mar está calmo. Cale a boca, guarde suas palavras em uma caixa confortável.
Quando puder ouvir tudo que um dia tentei gritar, finja não entender; eu só queria um pouco de conforto em minha caixa de palavras. Não tenho todas as respostas para as perguntas que criei, mas tenho todas as perguntas esperando as respostas. Me procure quando quiser, mas me deixe ir! Eu preciso ir. Parem de me olhar assim: como se não me conhecessem. Sim, fui eu que bebi na noite de quarta-feira enquanto você juntava as mãos e rezava. Sim, fui eu, somente eu.
Se eu disser que não quero mais há de ter uma razão: estou vendo o limite.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Prefiro
sábado, 27 de junho de 2009
Nada muito diferente - II.
Caminhava na Mathew Street, tentando não respirar o ar europeu, apesar de tudo sentia falta do Brasil. O sol permanece em silêncio, assim como eu, aguardando seu momento de estrelato. Caminho na Mathew Street sobre paralelepípedos uniformes, tentando não pisar no chão. Tudo parece frio demais ao corpo e quente demais aos olhos. Sinto-me um pouco desorientada, sem saber o leste e o oeste. Sinto alguém me seguindo, não quero olhar para trás.
" - Você era a senhora da lápide ou a menina de 14 anos faxineira no City Hospital, de Parkhill?"
Acordo meio zonza e demoro a me acostumar com a luz natural, minhas roupas estão úmidas em consequência ao sereno. Agora tudo é passado. Andei pela Mathew Street procurando qualquer lugar para forrar o estômago com dois goles de café gratuitamente. Não sei como, mas me lembrei de um Paul, que trabalhava no The Grapes Hotel, e tive a flutuante impressão de que éramos amigos. Assim que entrei no Grapes senti um puxão no braço e um menino-homem, aparentando ter 24 anos, começou a falar euforicamente com tom de nervoso:
" - Porra, Julia, onde você se meteu noite passada? Estava louco tentando te ligar, conseguimos um show para sexta!"
Não respondi, apenas tentei juntar as sobrancelhas. Dúvidas abriram a porta rapidamente: uma delas queria saber como o garoto de olhos verdes e cabelo castanho cacheado sabia meu nome; a segunda tentava entender como o mesmo tinha meu número de telefone; a terceira ficava lutando para saber sobre que show ele estava falando; e a quarta, porém não menos crucial, pocurava arduamente se lembrar que dia da semana era. Os olhos verdes se reviraram em polvorosos, contrastando meus olhos castanhos um tanto quanto mortos e pesados.
"- Ah! Já entendi, você tomou Old Eigth denovo. Não adianta, por mais que já esteja claro que você perde os sentidos, a memória e tudo aquilo que se pode perder... você continua tomando essa merda. Oi, sou Paul. Temos uma banda, The What, sou guitarrista e você vocal. Hora de viver!"
Fora então que lembrei de tudo. Eu morava em Liverpool, moro, havia me mudado fazia dois anos para trabalhar como jornalista no Liverpool Daily Post, jornal local. Conheci Paul no The Cavern Club e fiquei julgando a obsessão por The Beatles de todos, até que ele me disse que o nome dele era em homenagem ao McCartney. The What, nossa "banda". Ainda estávamos procurando qualquer baterista e, também, qualquer, qualquer mesmo, baixista. Lembrei do quão ruim era o nome da nossa banda, tentando fazer um trocadilho imbecil com The Who. Só Paul levava com seriedade aquela brincadeira de acordes. Agora tudo é presente.
Tomo uns goles de café gratuitamente e vou para casa tomar banho. Tolice a minha ter achado que ontem era minha primeira noite em Liverpool; logo agora, que começa a ter mais rotina do que café no meu copo.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Nada muito diferente.

Selo

Regras:
1 - O premiado deverá expor o selo no seu blog e atribuí-lo a sete outros blogs que considere merecedores.
2 - O premiado deverá responder à seguinte pergunta: O que significa para si ser um Homo sapiens?"