segunda-feira, 27 de julho de 2009

Eu disse não.

Quando eu digo que não quero é pelo simples fato de querer ouvir você dizendo que quer.

Chega! Não quero mais ficar nervosa enquanto os pássaros cantam olhando o sol do meio dia; isso me deixa triste, mas não posso deixar que o vento note. Você me segura com força querendo impedir que eu vá, mas suas mãos só me fazem sentir dor quando querem mostrar carinho. Não consigo mais pedir desculpas, já não me acho tão errada. O certo e o errado já não são tão antagônicos, costumava achar bonito ver os dois se tangenciando.

Agora estão todos conversando e só eu ainda sinto no corpo a fraqueza e dor, não, por favor, não me deixe acreditar mais uma vez que a culpa é toda minha. Só queria dividir tudo isso da forma mais egoísta possível. Será que você não percebe? Somos um formando dois, e só conseguimos sentir cheiro de flor. Me deixe ir enquanto o mar está calmo. Cale a boca, guarde suas palavras em uma caixa confortável.

Quando puder ouvir tudo que um dia tentei gritar, finja não entender; eu só queria um pouco de conforto em minha caixa de palavras. Não tenho todas as respostas para as perguntas que criei, mas tenho todas as perguntas esperando as respostas. Me procure quando quiser, mas me deixe ir! Eu preciso ir. Parem de me olhar assim: como se não me conhecessem. Sim, fui eu que bebi na noite de quarta-feira enquanto você juntava as mãos e rezava. Sim, fui eu, somente eu.

Se eu disser que não quero mais há de ter uma razão: estou vendo o limite.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Prefiro

Prefiro os peixes e não os cães
Pois não me lambem quando chego em casa
Pois não me dão carinho quando chego em casa
Prefiro os peixes e não os cães

Prefiro os peixes e não os gatos
Pois não se enroscam em minhas pernas no frio
Pois não querem dormir comigo no frio
Prefiro os peixes e não os gatos

Prefiro os homens e não os peixes
Pois me dão carinho quando chego em casa
Pois querem dormir comigo no frio
Prefiro os homens e não os peixes