quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Querência

Eu sou o que imagino ser
Serpente
Serpentina
Ser humano

Sou nuvem que apaga sol e faz chover
Molho
Alago
Depois deixo escorrer

Pareço ser o que jamais seria
Cama arrumada
Beijo apressado
Louça na pia

Você é o que eu quero
O que só eu sei querer
Manhã no sítio
Grama molhada
Entardecer

3 comentários:

ℭacilhας, ℒa ℬatalema disse...

Bela declaração de visceralidade!

Juro que procurei o carácter Unicode de palmas pra fazer uma graça e homenagear seu poema, mas não encontrei.

[]’s
Cacilhας, La Batalema

Sandro Ataliba disse...

Belo poema, em forma e conteúdo. Dá até para imaginar como música.

Alexandre Marques Rodrigues disse...

Gostei do seu blog. Vou passar aqui de vez em quando, dar uma olhada no que tens feito.

Abraços.