domingo, 5 de dezembro de 2010

Ser ou não ser.

Eu sou do mundo. Sou daquele que sorri ao me ver passar. Reservo-me em ser de cada instante percorrido. Quisera eu poder ser de nada, de ninguém. Mas sou apenas mais um pertence. Um colar que penduram no pescoço, um olhar que pisca rotineiramente, uma gota.

Não ser para ser livre te faz capaz de ser mais do que seria. Eu pertenço aos planos, aos desejos sórdidos, aos sorrisos falsos. A vida nada mais é do que pertencer aos momentos que te pertencem. E todas as vezes que me algemo ao presente, noto que minha cadeia será sempre o futuro.

Estou presa e condenada a pertencer ao tempo, ao mundo.